• Home
  • Somos a PV
    • Olá! Somos a PV
    • O que e como fazemos
    • Nossos Projetos e Soluções
    • Conheça a nossa equipe
    • Onde estamos
    • Nossa História
  • Criamos valor
    • Novidades na rede
    • Inspire-se
    • Nossos Resultados
    • Livros publicados
  • Pode Confiar
    • Nossa Governança
    • Chancelas, Prêmios e Certificações
    • Publicações
  • #SOJUNTOS
    • Como apoiar a PV
    • Quem já está com a gente

O resgate da utopia

  • Home
  • Referenciais
  • O resgate da utopia
7 de dezembro de 2015

*Leonardo Boff
No desamparo que grassa na humanidade atual faz-se urgente resgatar o sentido libertador da utopia. Na verdade, vivemos no olho de uma crise civilizacional de proporções planetárias. Toda crise oferece chances de transformação bem como riscos de fracasso. Na crise, medo e esperança se mesclam, especialmente agora que estamos já dentro do aquecimento global. Precisamos de esperança. Ela se expressa na linguagem das utopias. Estas por sua natureza, nunca vão se realizar totalmente. Mas elas nos mantém caminhando. Bem disse o irlandês Oscar Wilde:”Um mapa do mundo que não inclua a utopia não é digno de se espiar, pois ignora o único território em que a humanidade sempre atraca, partindo em seguida, para uma terra ainda melhor”. Entre nós acertadamente observou o poeta Mário Quintana: “Se as coisas são inatingíveis…ora!/Não é motivo para não querê-las/Que tristes os caminhos e se não fora/ A mágica presença das estrelas”.
A utopia não se opõe à realidade, antes pertence a ela, porque esta não é feita apenas por aquilo que é dado, mas por aquilo que é potencial e que pode um dia se transformar em dado. A utopia nasce deste transfundo de virtualidades presentes na história e em cada pessoa. O filósofo Ernst Bloch cunhou a expressão principio-esperança. Por princípio-esperança que é mais que a virtude da esperança, ele entende o inesgotável potencial da exitência humana e da história que permite dizer não a qualquer realidade concreta, às limitações espácio-temporais, aos modelos políticos e às barreiras que cerceiam o viver, o saber, o querer e o amar.
O ser humano diz não porque primeiro disse sim : sim à vida, ao sentido, aos sonhos e à plenitude ansiada. Embora realisticamente não entreveja a total plenitude no horizonte das concretizações históricas, nem por isso ele deixa de ansiar por ela com uma esperança jamais arrefecida. Jó, quase nas vascas da morte, podia gritar a Deus:”mesmo que Tu me mates, ainda assim espero em Ti”. O paraiso terrenal narrado no Gênesis 2-3 é um texto de esperança. Não se trata do relato de um passado perdido e do qual guardamos saudades, mas é antes uma promessa, uma esperança de futuro ao encontro do qual estamos caminhando. Como comentava Bloch: “o verdadeiro Gênese não está no começo mas no fim”. Só no termo do processo da evolução serão verdadeiras as palavras das Escrituras:”E Deus viu que tudo era bom”. Enquando evoluimos nem tudo é bom, só perfectível.
O essencial do Cristianismo não reside em afirmar a encarnação de Deus. Outras religiões também o fizeram. Mas é afirmar que a utopia (aquilo que não tem lugar) virou eutopia (um lugar bom). Em alguém, não apenas a morte foi vencida, o que seria ainda pouco, mas todas virtualidades escondidas no ser humano, explodiram e implodiram. Jesus é o “Adão novissimo” na expressão de São Paulo, o homem abscôndito agora revelado. Mas ele é apenas o primeiro dentre muitos irmãos e irmãs; nós seguiremos a ele, completa São Paulo.
Anunciar tal esperança no atual contexto sombrio do mundo, não é irrelevante. Transforma a eventual tragédia da Terra e da Humanidade devido às ameaças sociais e ecológicas, numa crise purificadora. Vamos fazer uma travessia perigosa, mas a vida será garantida e o Planeta ainda se regenerará.
Os grupos portadores de sentido, as religiões e as Igrejas cristãs devem proclamar de cima dos telhados semelhante esperança. A grama não cresceu sobre a sepultura de Jesus. A partir da crise da sexta-feira da crucificação a vida triunfou. Por isso a tragédia não pode ter a última palavra. Esta a tem a vida em seu esplendor solar.
* Leonardo Boff é teólogo, escritor, professor emérito de ética da UERJ e membro da Comissão da Carta da Terra.
Fonte: Envolverde
Data: 26/01/2008

Compartilhar

Soluções

EmpresaOSCVoluntárioEscolaGoverno

Acesso rápido

Onde estamos Quero ser voluntário Como apoiar a nossa causa Relatório anual Demonstrações financeiras Política Geral de Proteção de Dados Ouvidoria Perguntas Frequentes

Assine nossa Newsletter!




    Acompanhe a gente:


    Fale com a Parceiros:

    +55 51 2101 9750

    Site desenvolvido por

        Este site informa: Usamos cookies para personalizar anúncios e melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa política de privacidade
        Configurar CookiesAceitar todos
        Manage consent

        Visão Geral de Privacidade

        Este site usa cookies para melhorar a sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies que são categorizados como necessários são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados em seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de cancelar esses cookies. No entanto, a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
        Funcionais
        Os cookies funcionais ajudam a realizar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
        Performance
        Os cookies de desempenho são usados para compreender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a fornecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
        Analytics
        Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre as métricas do número de visitantes, taxa de rejeição, origem do tráfego, etc.
        Publicidade
        Os cookies de publicidade são usados para fornecer aos visitantes anúncios e campanhas de marketing relevantes. Esses cookies rastreiam visitantes em sites e coletam informações para fornecer anúncios personalizados.
        Outros
        Outros cookies não categorizados são aqueles que estão sendo analisados e ainda não foram classificados em uma categoria.
        Necessários
        Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o funcionamento adequado do site. Esses cookies garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site, de forma anônima.
        SALVAR E ACEITAR