[reverse_quote]“Somente juntos conseguiremos fortalecer a teia social nas nossas comunidades”
Daniel Santoro
Presidente (Voluntário) do Conselho de Administração[/reverse_quote]
A ONG Parceiros Voluntários vive um novo momento em sua história. Após 23 anos, Maria Elena Pereira Johannpeter, fundadora e idealizadora do projeto, passou o cargo de Presidente do Conselho de Administração da ONG para o empresário Daniel Santoro, voluntário com mais de 20 anos de dedicação à entidade. A cerimônia de posse aconteceu por vídeo ainda no mês de abril e faz parte de uma sucessão planejada, já que Santoro ocupava há dois anos o cargo de Vice-Presidente do Conselho.
Segundo Santoro, é uma honra e uma grande responsabilidade assumir a função de presidência do Conselho de Administração da Parceiros Voluntários, ainda que, segundo o próprio, esta posição nunca se confundirá com a natural liderança de Maria Elena. “É um privilégio integrar o qualificado quadro de Conselheiros da entidade e ajudar a sustentar e projetar a Parceiros Voluntários para o seu próximo ciclo”, explica.
Natural de Montevidéu, no Uruguai, Santoro se mudou para o Brasil junto de sua família aos nove anos de idade. Formou-se em Engenharia Agrícola e tornou-se Empresário da área de alimentação, bebidas e entretenimento em 2003 e, mais tarde, ingressou na área automotiva. Tem Pós-graduação em Marketing pela ESPM e em Business Administration pela Universidade da California em Berkeley. Sua mais recente formação foi a Corporate Director Certification, na Harvard Business School. Aos 51 anos, Santoro é casado, sem filhos, e curte muito os seus oito afilhados e cinco sobrinhos – além da Ziva, sua pastora australiana.
Para Santoro, o objetivo atual é despertar a consciência da responsabilidade social individual para criar uma sociedade melhor para todos. “Neste momento de enormes transformações no nosso planeta, os conhecimentos teóricos e práticos acumulados ao longo desta jornada serão elementos chave para o fortalecimento do tecido social de nossas comunidades. E é nossa responsabilidade mobilizar, articular pessoas e instituições, assim como coordenar esforços para que todos os indivíduos sejam incorporados nas soluções que precisam emergir”, analisa.
Nos próximos dois anos, sua gestão terá importantes desafios. O primeiro deles é assumir o cargo ocupado por uma das maiores lideranças do terceiro setor do Brasil – Maria Elena Johannpeter – e preservar os fundamentos estabelecidos nesse período, assim como os ativos da organização. “Além disso, será preciso redirecionar a Parceiros Voluntários em um momento tão delicado pelo o qual o mundo está passando, adequando a organização, e a aplicação de seus princípios neste contexto de incertezas. Claro que incertezas sempre existiram, mas agora com a pandemia de Covid-19, elas ficaram exponenciais”, analisa Santoro.
Com as situações que a pandemia de Covid-19 trouxe ao país, segundo o gestor, se fez necessário parar para refletir qual será o papel da Parceiros Voluntários em um mundo tão complexo, onde não é possível um mesmo agente resolver todas a questões que se apresentam. “Fizemos um brainstorm com outros agentes e surgiu um movimento, um posicionamento, chamado #SóJuntos, que pretende provocar a reflexão de que não é ‘juntos’, mas ‘somente juntos’ que conseguiremos fortalecer a teia social nas nossas comunidades”, explica Santoro.
Iniciamos este movimento, mas observo que não é nosso e, sim, da sociedade, onde cada indivíduo e cada organização pode se empoderar do processo. Não importa se é uma grande empresa fazendo uma doação ou uma pessoa da comunidade compartilhando algo que tem.
“Esta é nossa provocação para estes próximos dois anos: mobilizar todos que pudermos, e esses mobilizarem outros. Na esteira da crise que a pandemia de Covid-19 trouxe ao País, a Parceiros Voluntários endossa aquilo que sempre foi um valor para a entidade: a defesa da união social no intuito de costurar e fortalecer uma rede de solidariedade”, conclui.